O dólar à vista encerrou a semana passada cotado a R$ 5,7862 . A leve baixa observada foi atribuída ao fluxo de mercado, não a especulações sobre cortes no pacote fiscal. Após atingir R$ 5,829, houve um movimento significativo de vendas, forçando a cotação a recuar. No câmbio, o fluxo sempre prevalece sobre narrativas.
Quanto ao pacote fiscal, nada relevante deve ocorrer antes de quinta-feira devido à reunião do G20 no Brasil e ao feriado nacional de quarta-feira. O pacote deverá seguir as regras do arcabouço fiscal, limitando o crescimento das despesas públicas a até 70% da variação da receita, o que pode impactar o câmbio dependendo de sua configuração.
No cenário internacional, a eleição de Donald Trump nos EUA fortaleceu o dólar globalmente, especialmente frente a moedas emergentes, devido às políticas protecionistas e expectativas de cortes menos agressivos de juros pelo Fed. Discursos recentes de Jerome Powell e dados econômicos positivos reforçam essa percepção.