O dólar à vista fechou agosto cotado a R$ 5,6363. Mesmo com o leilão de linha e de swap, a disputa pela Ptax e o risco fiscal tiveram um impacto mais significativo.
Hoje, com o feriado nos EUA, os eventos internos podem ter um peso maior. Está previsto um novo leilão de swap cambial extra entre 9h30 e 9h40, com oferta de 14.700 contratos, totalizando 735 milhões de dólares. Além disso, haverá um leilão de 12.000 contratos para a rolagem dos vencimentos de outubro, entre 11h30 e 11h40.
Para este mês, espera-se um corte de 0,25 ponto percentual na taxa de juros dos EUA, enquanto no Brasil ainda há indefinição sobre a manutenção ou aumento da Selic. As reuniões do FOMC e do Copom ocorrerão no dia 18 de setembro. Esse diferencial de juros é favorável ao real, mas, apesar disso, o dólar continua subindo. Os fatores que pesam por aqui incluem o risco fiscal, a falta de cortes de gastos pelo governo, as tentativas de aumentar a arrecadação e a perspectiva de que Galípolo, no comando do Banco Central, atuará em nome do presidente Lula. Vale lembrar que Lula ainda indicará novos diretores para o BC.
No cenário internacional, as eleições presidenciais nos EUA, a guerra no Oriente Médio e a desaceleração da economia chinesa aumentam as incertezas no mercado. O momento requer um monitoramento constante e ajustes nas apostas a cada novo dado ou evento político, fiscal e internacional.
Nesta semana, teremos a divulgação do PIB do segundo trimestre no Brasil, além do tão aguardado Payroll na sexta-feira. Este é o dado que o mercado acompanhará de perto, pois certamente influenciará a decisão sobre o tamanho do corte na taxa de juros norte-americana.
No calendário econômico, na Zona do Euro, será divulgado o PMI industrial de agosto antes da abertura do mercado. No Brasil, teremos o Boletim Focus às 8h25 e o PMI industrial de agosto às 10h.
Desejo a todos uma excelente semana!